Sacrilégio! A gravidez é um estado de graça onde as mulheres se sentem luminosas e abençoadas por gerar vida.

Muitas de nós crescemos a romantizar a gravidez, outras a temê-la ou abominá-la. Podemos ter já vivenciado uma gravidez feliz ou ter passado por uma experiência traumática e não a queremos repetir. Ou, tão simplesmente, podemos estar a viver os tempos de medo e restrição que a Covid-19 nos trouxe.

Há gravidezes mais fáceis, outras mais desafiantes. Há fases de vida mais favoráveis, outras muito problemáticas. Acima de tudo, é fundamental colocar as questões:

♥ Como está a minha saúde mental/emocional?

♥ O que posso fazer para cuidar melhor de mim?

♥ O que devo abrir mão para viver mais leve?

♥ Que medos me estão a impedir de estar melhor comigo própria e com as minhas escolhas?

Muitas vezes, desejamos controlar a vida e quando sentimos que não controlamos nada a ansiedade dispara. Ficamos presas entres futuros incertos e passados que já lá vão, esquecendo de viver o Agora.

Acima de tudo, o problema não é não gostares de estar grávida, mas o que fazes com isso. Nos momentos em que sentires culpa, explica tudo isso ao teu bebé. O processo de vinculação começa quando reconheces a vida que cresce dentro de ti. Tanto desconforto estás a sentir e, ainda assim, escolheste continuar a gravidez. Conversa com o teu bebé, escreve-lhe se desejares… ele irá compreender e sentir o teu amor, através da tua vulnerabilidade.

Não há mal nenhum em sentires tristeza. Não há mal nenhum em procurares ajuda. Tu mereces estar bem, mesmo que hoje isso ainda pareça uma miragem.

Acredita, tudo vai melhorar.

Abraça a imperfeição da tua humanidade.